



TROCANDO DE PÁTRIA

Deixar para trás um mundo conhecido e empreender uma viagem que os levaria ao outro lado do Oceano. Com certeza essa deve ter sido a maior e mais difícil decisão de suas vidas.
Os imigrantes abandonaram uma pátria que não mais estava dando condições de poderem criar dignamente suas familias. Uma pátria que abandonava seus filhos a própria sorte.
Na decisão de emigrar existia mais do que a simples decisão de trocar de pátria; existia a grande vontade de poder dar uma melhor perspectiva de vida a seus familiares e o firme próposito de bater em retirada momentaneamente para quem sabe um dia poderem retornar a sua velha pátria.
Ao chegar na nova pátria as surpresas começavam logo na chegada; o ambiente era estranho; as pessoas falavam um idioma desconhecido e tinham comportamentos diferentes.
Ao tempo que as esperanças cresciam com a nova pátria, também os entristecia, porque seus amigos e parentes ainda estavam na terra da bota e o adeus que haviam dado poderia ser para sempre.
Com muito suor, lágrimas e trabalho ajudaram a construir uma nova pátria; uma pátria que seus descendentes hoje chamam de lar.
Mais de um século depois, hoje uma nova onda de imigração está acontecendo; mas desta vez é rumo a terra de nossos ancestrais. Os novos imigrantes, buscam encontrar na velha pátria uma perspectiva de vida melhor, e ao mesmo tempo realizar um velho sonho de muitos de seus antepassados: o sonho de voltar e rever a velha pátria que um dia tiveram de deixar.
A nós descendentes, orgulhosos de nossas ascendências só nos resta agradecer, porque foi graças a determinação e coragem de nossos ancestrais que hoje podemos honrar e respeitar duas bandeiras; a de nossa pátria e a da pátria de nossos ancestrais.

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